Rafael Zulu alerta para os perigos do consumo excessivo de energético após internação de quatro dias

O ator e empresário Rafael Zulu passou quatro dias internado após desenvolver fibrilação atrial, uma arritmia cardíaca grave, em decorrência do consumo exagerado de bebidas energéticas misturadas com álcool.

O caso com Zulu, aconteceu em fevereiro, mas foi relatado recentemente pelo artista em suas redes sociais e em entrevistas, como um alerta para os riscos do uso excessivo dessas bebidas.

Zulu contou que, em um domingo de lazer com a família, ingeriu cerca de 2,5 litros de energético combinados com gin, totalizando aproximadamente seis latas da bebida. Durante o dia, ele começou a sentir taquicardia e palpitações fortes, sintomas que o levaram a buscar atendimento médico de emergência. No hospital, foi diagnosticado com fibrilação atrial — condição em que o coração bate fora do ritmo normal, o que pode provocar complicações como AVC e trombose.

“Ouvir isso foi extremamente assustador”, afirmou o ator em entrevista ao Fantástico. Apesar do susto, os exames indicaram que Zulu não teve sequelas e que seu coração está saudável, mas ele ressalta que seu caso serve como um exemplo do perigo de exceder no consumo de estimulantes.

Especialistas em cardiologia explicam que os energéticos contêm altas doses de cafeína, taurina e outras substâncias estimulantes que aceleram os batimentos cardíacos e elevam a pressão arterial. Segundo o cardiologista Marcelo Bergamo, essa combinação pode desencadear arritmias em pessoas predispostas ou agravar quadros já existentes. O consumo concomitante de álcool aumenta ainda mais os riscos, podendo causar insônia, ansiedade e crises hipertensivas.

O presidente do Grupo de Estudos em Cardiologia do Esporte da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Rodrigo Bougleux, alerta que o consumo moderado ainda é possível, mas não deve ser feito de forma exacerbada, especialmente para crianças, gestantes, idosos e pessoas com doenças crônicas, que devem consultar um médico antes de consumir energéticos.

Com o aumento do consumo dessas bebidas no Brasil — cerca de 22% dos brasileiros, principalmente jovens das classes C, D e E, ingerem energéticos frequentemente fora de casa e muitas vezes junto com álcool —, especialistas reforçam a necessidade de atenção e responsabilidade. A Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (ABIR) informa que a Anvisa regulamenta a venda e exige advertências nos rótulos sobre os riscos para grupos vulneráveis e a contraindicação da mistura com bebidas alcoólicas.

A nutricionista Mariane Alves recomenda alternativas naturais, como chás e cacau, para quem busca estímulo com menor risco à saúde, além de hábitos saudáveis que garantem energia e disposição de forma segura.

Rafael Zulu finaliza seu relato com um apelo aos seguidores: “Cuidem-se porque só quando estamos no hospital nos damos conta de que a nossa saúde é o que temos de mais valioso! A bebida energética é segura, desde que ingerida com prudência — o que não foi o meu caso.”

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