União Brasil reage a citação de Rueda em investigação e reforça ruptura com governo Lula
O União Brasil divulgou nesta quinta-feira (18) uma nota oficial em defesa do presidente nacional da sigla, Antônio Rueda, após o nome dele aparecer em apurações que investiga a infiltração do PCC nos setores financeiro e de combustíveis no Brasil.
No comunicado, o partido classificou como “infundadas, prematuras e superficiais” as informações que vinculam Rueda ao caso e manifestou “irrestrita solidariedade” ao dirigente.
Investigação
A operação, conduzida pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público de São Paulo e a Receita Federal, revelou um esquema de movimentação bilionária em postos de combustíveis, fundos de investimento e fintechs ligados ao PCC.
No curso das investigações, surgiram suspeitas de que Rueda seria dono oculto de aeronaves registradas em nome de fundos e empresas intermediárias, operadas pela companhia Táxi Aéreo Piracicaba (TAP). Essas aeronaves teriam sido utilizadas por investigados para voos domésticos e até para o exterior, incluindo uma fuga ao Uruguai.
Um piloto ouvido pela PF citou o nome de Rueda ao mencionar a TAP, apontando o político como sócio oculto. Entre as aeronaves sob apuração estão modelos avaliados em milhões de dólares, como um Gulfstream G200.
A corporação, no entanto, ressaltou que Rueda ainda não é formalmente investigado, estando apenas citado nos autos em decorrência de depoimentos e documentos em análise.
Rueda responde sobre apurações
Em declaração nas redes sociais, Rueda classificou as acusações como uma “campanha difamatória”, sustentando que “não há qualquer lastro fático” e que se trata de um “pano de fundo político” para desgastar sua imagem e a do União Brasil. O dirigente afirmou que tomará medidas judiciais para preservar sua reputação e a do partido.
Nota do partido vincula notícias com desocupação de funções no Governo Federal
A defesa de Rueda foi reforçada pela própria sigla. No comunicado, o União Brasil questiona o “timing” da divulgação das acusações, destacando que elas surgiram poucos dias após a decisão da legenda de ordenar o desligamento de todos os seus filiados de cargos no governo federal.
O partido deu prazo de 24 horas para que os ocupantes de funções de livre nomeação no Executivo deixem os postos, sob pena de serem enquadrados em infidelidade partidária. A medida atinge diretamente ministros como Celso Sabino (Turismo), um dos quadros da legenda ainda no governo Lula.
Para a cúpula do União, a coincidência entre a saída do governo e o aparecimento do nome de Rueda na investigação “reforça a percepção de uso político da estrutura estatal”. A nota acusa adversários de tentarem enfraquecer a principal liderança do partido e desgastar sua posição de independência em relação ao Planalto. Veja a nota na íntegra:

Enquanto a Polícia Federal prossegue com as apurações, Rueda tenta preservar sua liderança política em um momento delicado. De um lado, enfrenta as suspeitas lançadas pela operação; de outro, lidera o processo de rompimento com o governo federal, que pode redefinir os rumos da maior bancada da Câmara e influenciar o equilíbrio político em Brasília.
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