Após maior bombardeio da guerra, Ucrânia reage com ataque a base aérea russa
A guerra entre Rússia e Ucrânia atingiu um novo pico de tensão neste fim de semana.
Um dia após sofrer o maior ataque aéreo desde o início do conflito, em 2022, a Ucrânia anunciou neste sábado (5) que realizou um ataque contra a base aérea russa de Borisoglebsk, localizada na região de Voronezh. O local abriga caças de guerra como os modelos Su-34, Su-35S e Su-30SM, segundo as Forças Armadas ucranianas.
De acordo com o comunicado, a ofensiva atingiu um depósito de bombas planadoras, uma aeronave de treinamento e possivelmente outras aeronaves militares. Autoridades russas não comentaram oficialmente o ataque até o momento.
A resposta russa veio em forma de retaliação: Moscou lançou 322 drones contra o território ucraniano na madrugada de sábado. A Força Aérea da Ucrânia afirmou ter abatido 157 desses drones, enquanto outros 135 teriam sido neutralizados por interferência eletrônica. A região oeste de Khmelnytskyi foi a principal visada na ofensiva, mas, segundo o governador local, Serhii Tyurin, não houve registro de vítimas ou danos materiais.
Na sexta-feira (4), Kiev já havia sido alvo de uma intensa onda de ataques com mísseis e drones, resultando em dois mortos e 26 feridos — a maior ofensiva aérea registrada desde o início da guerra, segundo militares ucranianos. O prefeito da capital, Vitali Klitschko, confirmou os números.
Os ataques acontecem em meio ao esfriamento das negociações por um cessar-fogo e à suspensão parcial do envio de armamentos dos Estados Unidos à Ucrânia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou que a Rússia “segue demonstrando que não quer acabar com a guerra e o terror”, e reforçou a necessidade de maior pressão internacional sobre Moscou.
Zelensky também revelou ter tido uma conversa “muito produtiva” com o presidente dos EUA, Donald Trump, na sexta-feira. Entre os temas discutidos estavam o reforço da defesa aérea ucraniana com mísseis Patriot, a possibilidade de produção conjunta de armamentos e os esforços diplomáticos para encerrar o conflito. Trump, ao ser questionado sobre a guerra, disse: “Não sei. Não posso dizer se isso [fim da guerra] vai acontecer.”
O cenário de escalada militar, somado à instabilidade nas negociações, amplia o temor de que a guerra entre os dois países siga sem uma resolução próxima.
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