Secretário da Polícia Civil do Rio afirma que polícia não sairá da Cidade de Deus

Frase é proferida após ataque terrorista ao grupamento da polícia que cumpria mandatos de busca e apreensão na Cidade de Deus

Na manhã desta segunda-feira (19), o policial civil José Antônio Lourenço foi alvejado na cabeça durante cumprimento de cerca de dez (10) mandados de busca e apreensão em uma fábrica de gelo que estava no interior da comunidade “Cidade de Deus” (CDD).

Segundo a polícia civil do Rio de Janeiro, eram investigadas a fábrica na Cidade de Deus e uma distribuidora na Barra da Tijuca, responsáveis por terem bastante controle no abastecimento de gelo nos quiosques e bares da região.

A investigação começou no início do ano após serem encontradas a presença de coliformes fecais em amostras do produto em quiosques da orla.

“A presença de coliformes evidencia falhas graves no controle sanitário. Estamos desde o ano passado fiscalizando várias empresas, algumas clandestinas, que atuam na venda de gelo, mas sem qualquer cuidado com a saúde e o ambiente…”, afirma Bernardo Rossi, secretário estadual de ambiente.

Segundo o secretário de polícia civil do RJ, a polícia não sairá da região da Cidade de Deus até encontrarem os culpados do assassinato do policial.

“Não vamos sair da comunidade. Estamos checando várias informações de inteligência que estão chegando nesse momento e a resposta será dada à altura a violência praticada contra esse policial”, diz Felipe Curi, secretário da polícia civil do Rio.

Quem era o policial assassinado na Cidade de Deus?

José Antônio Lourenço, morto na manhã desta segunda-feira, era agente da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) – tropa de elite da instituição – além de já ter sido subsecretário de Ordem Pública do Rio de Janeiro.

“Um ser humano diferenciado, profissional absolutamente dedicado e íntegro”, afirmou o secretário.

Informações que chegam dão conta de que o policial chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, porém não resistiu aos ferimentos.