Rússia alerta para risco de catástrofe nuclear em meio à escalada entre Israel e Irã

O confronto entre Israel e Irã atingiu um novo patamar de gravidade, com alertas da Rússia sobre o risco iminente de uma catástrofe nuclear.

Moscou, 18 de junho de 2025 — A Rússia afirmou que o mundo está “a milímetros de uma catástrofe” diante dos ataques israelenses contra instalações nucleares iranianas.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, denunciou os bombardeios israelenses como ataques diretos a instalações nucleares civis, que, segundo ela, estão sob supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). “É uma situação que saiu do campo hipotético e se tornou realidade. Estamos assistindo a mísseis sendo lançados contra infraestrutura nuclear pacífica”, declarou Zakharova durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo.

Paralelamente, o vice-chanceler russo Sergei Ryabkov afirmou que Moscou está em contato com os Estados Unidos para discutir o conflito, mas advertiu Washington a não intervir militarmente, sob risco de desestabilizar ainda mais o Oriente Médio.

Do lado iraniano, o líder supremo Ali Khamenei fez um pronunciamento contundente na TV estatal, afirmando que “Israel cometeu um grande erro e será punido”, e que o Irã “não se renderá” às exigências do presidente norte-americano Donald Trump, que pediu uma rendição incondicional de Teerã. Khamenei também alertou que qualquer ataque americano trará “consequências irreparáveis”.

No campo de batalha, a guerra entre Israel e Irã já dura seis dias. A Força Aérea israelense bombardeou universidades e bases de mísseis ligadas à Guarda Revolucionária, enquanto o Irã lançou pelo menos 40 mísseis contra Israel, alegando ter atingido o quartel-general do Mossad em Tel Aviv. O saldo oficial aponta 224 mortos no Irã e 24 em Israel até o momento.

O presidente Donald Trump tem sinalizado disposição para entrar na guerra, deslocando caças e aviões-tanque para a região, e ameaçou publicamente o líder iraniano. A escalada militar já repercute globalmente, provocando alterações na agenda do G7, incluindo o cancelamento de um encontro entre o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Enquanto a Rússia se oferece para mediar as tensões, os riscos de um conflito de proporções nucleares colocam a comunidade internacional em estado de alerta máximo.

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