Após nova autópsia no Brasil, corpo de Juliana Marins é liberado para a família; investigação segue

O corpo da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, que morreu após uma queda durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, foi submetido a uma nova autópsia no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira (2).

O exame, realizado por peritos da Polícia Civil do Rio, acompanhado por representantes da família e da Polícia Federal, durou cerca de duas horas e meia. O laudo preliminar deve ser entregue em até sete dias.

Juliana ficou desaparecida por quatro dias após o acidente, ocorrido na manhã do dia 21 de junho (horário local), até ser localizada sem vida pelas equipes de resgate indonésias. A família questiona pontos da investigação inicial feita na Indonésia, especialmente sobre o horário exato da morte e a possibilidade de omissão no socorro.

A primeira autópsia, realizada em Bali, indicou que a brasileira sofreu múltiplas fraturas e lesões internas causadas por um forte trauma, tendo sobrevivido cerca de 20 minutos após o impacto. Contudo, o exame não esclareceu a data e hora precisas da morte, gerando dúvidas para a família.

“Eu acredito que ela sofreu muita negligência nesse resgate. A demora de quatro dias entre o acidente e a chegada dos socorristas foi inaceitável”, declarou Mariana Marins, irmã de Juliana, que acompanhou o exame no IML e falou sobre o alívio de ter o corpo de volta ao Brasil.

O translado do corpo para o Brasil foi custeado pela Prefeitura de Niterói, cidade natal de Juliana, onde será realizado o velório no Cemitério Parque da Colina, em Pendotiba. O transporte internacional ocorreu em voo comercial até São Paulo, seguido de um voo da Força Aérea Brasileira até o Rio de Janeiro, onde familiares aguardavam a chegada.

Além da nova perícia, a Defensoria Pública da União solicitou à Polícia Federal a instauração de inquérito para investigar as circunstâncias da morte e apurar possíveis falhas no atendimento às vítimas na Indonésia. A polícia local também realiza investigação conjunta com autoridades brasileiras, ouvindo testemunhas, incluindo o guia da trilha e policiais florestais.

O pai de Juliana, Manoel Marins, pediu transparência e rigor nas apurações: “Precisamos saber se a necropsia que foi feita lá foi bem feita. Me parece que o hospital não dispõe de tantos recursos assim.”

A busca por respostas segue, enquanto a família tenta encontrar conforto para encerrar este capítulo doloroso.

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