Resumo: Caso Laysa Peixoto e o Voo Espacial pela Titans Space
Laysa Peixoto, mineira de 22 anos, viralizou nas redes sociais ao afirmar que será a primeira astronauta mulher brasileira
A jovem também declarou que integra a “turma de astronautas de 2025” e que realizará missões espaciais tripuladas para estações privadas, além de futuras missões à Lua e Marte.
Contudo, diversas inconsistências surgiram em relação às alegações de Laysa:
- NASA negou qualquer vínculo com a brasileira, ressaltando que ela não é funcionária, pesquisadora, nem candidata a astronauta da agência.
- Em 2022, Laysa havia afirmado ter concluído um treinamento oficial da NASA, mas o curso mencionado, a Advanced Space Academy, não é parte da formação de astronautas da agência, sendo apenas uma simulação da rotina desses profissionais.
- A Titans Space, empresa com a qual ela afirma estar envolvida, não possui autorização da FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA) para realizar voos espaciais tripulados e nunca realizou qualquer lançamento.
- A Universidade de Columbia, onde Laysa Peixoto diz cursar mestrado, não encontrou registros da estudante. Seu LinkedIn aponta um mestrado em “Aplicação de Computação e Física Quântica”, mas sem confirmação da instituição.
- Laysa também mencionou ter liderado uma equipe da NASA em projetos sobre microgravidade, mas a NASA esclareceu que o programa em questão, o L’Space, é apenas um workshop financiado pela agência, sem gerar vínculo institucional com seus participantes.
Apesar da Titans Space ter confirmado a seleção de Laysa Peixoto para o voo, ela não consta na lista oficial de tripulantes, e a própria empresa ainda não apresentou uma nave funcional ou cronograma viável de lançamento. O projeto é visto com ceticismo por especialistas, devido ao pouco tempo disponível para desenvolvimento e à falta de histórico da empresa.
A definição de “astronauta” no setor privado é ampla e varia conforme a instituição. Para a NASA e FAA, são necessários requisitos rigorosos, como voar acima de 80 km da superfície da Terra, treinamento certificado e atuação ativa no voo. Como brasileira, Laysa também não recebeu o título de astronauta da Agência Espacial Brasileira (AEB), que já parabenizou sua participação anterior em programas educacionais, mas não a reconhece como astronauta oficial.
Laysa Peixoto afirma que nunca declarou ser astronauta da NASA, mas sim participante de programas voltados a estudantes com interesse no setor espacial.
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