Israel usa sistema de laser “Raio de Ferro” pela primeira vez em combate contra mísseis iranianos
Pela primeira vez, Israel colocou em ação o sistema de defesa aérea “Iron Beam” – ou “Raio de Ferro”, em português – durante o atual conflito com o Irã.
A informação foi divulgada pela agência russa TASS, com base em declarações de um funcionário da embaixada israelense em Moscou. A tecnologia, que ainda opera em fase de testes, utiliza feixes de laser de alta energia para interceptar mísseis e drones, representando uma mudança estratégica na defesa militar israelense.
Desenvolvido desde 2014 e anunciado oficialmente em 2022, o Raio de Ferro foi projetado para neutralizar ameaças de curto alcance, como foguetes, morteiros, mísseis de cruzeiro e veículos aéreos não tripulados (UAVs), inclusive enxames de drones. Com um alcance de até 10 quilômetros, o sistema utiliza um laser de aproximadamente 100 kW – potência suficiente para abastecer cerca de 360 residências por mês.
Além de sua precisão, o sistema se destaca pelo custo de operação. Diferente dos mísseis tradicionais, que podem custar entre US$ 40 mil e US$ 80 mil por disparo, o Raio de Ferro depende apenas de eletricidade, reduzindo drasticamente os custos logísticos e de munição. Segundo o fabricante, o custo por interceptação é “quase zero” e os danos colaterais são mínimos.
O Raio de Ferro pode ser utilizado em diferentes formatos: como unidade fixa, integrada a radares de solo, ou como unidade móvel instalada em veículos terrestres e até aviões civis. Apesar de sua sofisticação, o sistema ainda enfrenta limitações: seu alcance é restrito, ele só consegue atacar um alvo por vez e pode ter desempenho afetado por condições climáticas como neblina ou nuvens densas.
Mesmo com essas restrições, especialistas apontam que o sistema representa uma inovação significativa no cenário global de defesa, devendo funcionar como complemento a outros sistemas israelenses já consagrados, como o Domo de Ferro, que cobre ameaças de maior alcance.
As Forças de Defesa de Israel destacaram que o desenvolvimento do Raio de Ferro levou quase uma década e que sua estreia em combate marca um novo capítulo na tecnologia de defesa baseada em energia dirigida.
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