Gattuso é o novo técnico da seleção italiana e assume missão de resgatar a Azzurra

A Federação Italiana de Futebol (FIGC) anunciou oficialmente Gennaro Gattuso como o novo técnico da seleção masculina da Itália.

Aos 47 anos, o ex-volante campeão mundial em 2006 assume o comando da Azzurra em um dos momentos mais delicados da história recente da equipe, com o desafio de recolocar o país na Copa do Mundo de 2026 após duas ausências consecutivas.

Gattuso substitui Luciano Spalletti, demitido após a dura derrota por 3 a 0 para a Noruega nas Eliminatórias. Apesar de ter encerrado sua passagem com vitória sobre a Moldávia, Spalletti não resistiu à pressão pelos resultados instáveis. A Itália ocupa atualmente a terceira posição do Grupo I, com três pontos e um jogo a menos, atrás de Noruega (12 pontos) e Israel (6 pontos).

Conhecido por sua intensidade e entrega como jogador — características que lhe renderam o apelido de “Ringhio” —, Gattuso traz ao cargo uma trajetória de altos e baixos como treinador. Já comandou clubes como Milan, Napoli, Valencia, Olympique de Marseille e, mais recentemente, o Hajduk Split, da Croácia, onde terminou o campeonato em terceiro lugar. Seu maior título como técnico foi a conquista da Copa da Itália em 2020 com o Napoli.

A escolha da FIGC reflete tanto a urgência da situação quanto a escassez de opções. Após o recuo de nomes mais experientes, como Claudio Ranieri, Gattuso aceitou o desafio de liderar um grupo que vem sendo criticado por falta de organização tática e de personalidade em campo. O presidente da federação, Gabriele Gravina, afirmou que “a camisa azul é como uma segunda pele para Gattuso” e destacou sua motivação como trunfo para enfrentar o momento delicado.

Gattuso será o 23º técnico da seleção italiana e o 15º nas últimas cinco décadas, ilustrando a instabilidade do cargo nas últimas gerações. Ele será apresentado oficialmente à imprensa em Roma no dia 19 de junho e começará os trabalhos visando os compromissos das eliminatórias que retornam em setembro.

A missão não será simples: para garantir a vaga direta, a Itália precisará vencer todas as seis partidas restantes e torcer por uma queda de rendimento da Noruega, ou então assegurar a segunda posição do grupo e buscar a classificação na repescagem. O legado campeão como jogador, somado ao seu estilo combativo, é agora a principal esperança para reacender o espírito competitivo da Azzurra.

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