“Agrediu a mãe dele”: Latino relata dependência química do filho, que nega violência 2025′

Filho de Latino expulso de casa

O cantor Latino, de 52 anos, falou nesta quarta-feira (20) sobre os desafios na relação com seu filho de 27 anos, que enfrenta sérios problemas com dependência química. Segundo o artista, o convívio foi marcado por episódios difíceis. “Houve momentos pesados. Em um deles, ele chegou a agredir minha esposa, que estava em recuperação de uma cirurgia nas cordas vocais. Também levou Covid para dentro de casa…”, relatou.

Latino conta que descobriu a paternidade quando o filho já tinha 18 anos e, desde então, tentou se aproximar e acolhê-lo. No entanto, a convivência acabou se deteriorando. Com o tempo, o comportamento do jovem, aliado ao vício em drogas e álcool, tornou a situação insustentável. “Ele enfrentava um problema grave, que era a dependência química.

E ainda havia um fator psicológico — aquele papel de ‘vítima do mundo’, o que eu chamo de ‘pobre coitadismo’. Muita gente recorre à bebida ou às drogas como uma forma de fuga, de justificar uma infância ou juventude difícil. Mas eu mesmo cresci sem pai e, muitas vezes, sem minha mãe, e nem por isso me tornei uma pessoa de mau caráter”, desabafou.

Após ser expulso de casa, o rapaz voltou a viver com a mãe biológica, mas também não conseguiu manter-se sob o teto dela. Acabou nas ruas. Latino ainda tentou ajudá-lo novamente, mas o filho parecia mais interessado em continuar se afundando nos vícios do que em mudar. “Chegou ao limite. A mãe dele o encontrou em um bar, bebendo. Foi confrontá-lo e acabou sendo agredida. Ele também ofendeu o padrasto, causou confusão no local… Todo mundo olhando para a mãe como se ela fosse a vilã”, contou o cantor.

Latino revelou, ainda, que em meio a tudo isso, se sentiu alvo de chantagens por parte do filho, que frequentemente o ameaçava com a exposição de informações e comentários negativos.

“Eu estou cansado de ser extorquido pelo meu filho. Eu não aguento mais. Ele vivia dizendo que se ele quisesse abrir a boca para falar mal de mim, as pessoas iam acreditar nele. E eu passei a vida inteira dando dinheiro para ele porque eu não queria que as pessoas o julgassem, que o maltratassem, que ele passasse o que eu passei na minha vida”, garantiu.

“Eu tive que parar porque o dinheiro estava indo para sustentar o vício dele. Estou sofrendo muito, porque eu queria muito poder ajudá-lo, mas eu entendo que nesse momento eu tenho que cortar de vez o laço e a pensão, porque eu estava destruindo o meu próprio filho”.

Agressão à mãe

Ele também afirmou que após descobrir a dependência química do filho, o jovem voltou a morar com a mãe

Latino mobiliou um quarto como estúdio, para que o filho pudesse trabalhar com música. Além disso, ofereceu suporte financeiro para terapias e até mesmo internação.   

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— Eu cheguei a financiar. Falei para ela: “Olha, se quiser um psicólogo, se ele quiser se internar, eu financio isso para ajudar, eu quero fazer com que esse menino tome juízo, eu preciso, a gente precisa ajudar esse menino”, até que chegou no fim da linha — contou o cantor. — Ela pegou ele num bar bebendo, aí ela foi tirar satisfação com ele, e ele foi lá, mais uma vez e agrediu a mãe dele, tentou agredir o padrasto, em palavras, em gestos. 

Latino conta que as pessoas no local ficaram olhando para a mãe de seu filho, sem saber “os problemas que ele estava causando por não querer se consertar“.

Ele finalizou o vídeo dizendo que estava exausto de “ser extorquido” pelo filho e relatou que sofreu diversas ameaças do jovem, afirmando que iria levar toda a história para a mídia. 

— Então eu estou aqui, antes disso tudo acontecer, não sei nem se ele vai ter coragem de fazer isso ou não, mas se ele já fez ou deixou de fazer, eu preferi vir aqui, me desabafar, e falar exatamente o que tá acontecendo —concluiu Latino. 

Ausência paterna 

O cantor contou que achava que os problemas de comportamento do filho estavam associados à ausência paterna. 

— Até que eu entendi que o problema desse meu filho não era só a questão de ter ficado anos e anos longe do pai, ele tinha um problema mais sério que isso, que era a dependência química — relatou. — E quando a gente fala de dependência química, não é só a questão do álcool e das drogas.

Existe uma dependência química psicológica, o que a gente chama de “podre coitadismo”. Que as pessoas, por algum motivo, preferem mergulhar na bebida e nas drogas para de alguma forma se aliviar ou justificar um passado, uma infância e adolescência que não teve ao lado do pai. Eu não acho certo isso porque não tive pai presente e também não tive muitas vezes a minha mãe presente e nem por isso me tornei um cara mau-caráter.

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