Brasileira que alegou ida ao espaço em 2029 nega ter envolvido a NASA e diz ser alvo de ataques

Laysa Peixoto, brasileira de 22 anos, tornou-se alvo de questionamentos após anunciar em suas redes sociais que teria sido selecionada como “astronauta de carreira” para uma missão espacial em 2029.

Com a grande repercussão, a jovem veio a público esclarecer que nunca afirmou ter sido escolhida pela NASA para integrar seu corpo oficial de astronautas.

Em entrevista ao programa Domingo Espetacular, a brasileira afirmou que seus vínculos com a agência norte-americana se limitam a cursos e pesquisas na área de tecnologia, e negou qualquer relação empregatícia com a instituição. “Tudo começou com uma nota falsa dizendo que a NASA teria me selecionado. Nunca disse isso. E desde então começaram os ataques à minha trajetória”, afirmou.

A polêmica se intensificou quando a NASA, procurada por veículos de imprensa, negou qualquer vínculo com a jovem, explicando que ela nunca participou de seu programa de formação de astronautas. A agência reforçou que os critérios para seleção incluem mestrado em áreas exatas, experiência profissional e pelo menos 1.000 horas de voo como piloto — requisitos que Laysa não atenderia.

A jovem afirma que foi escolhida pela empresa privada Titans Space, que promete realizar voos espaciais para turistas. A companhia confirmou a seleção da brasileira, mas ela não consta entre os nomes divulgados no site da própria empresa como parte da equipe técnica da missão prevista para 2029. A Titans, segundo o portal G1, ainda não possui autorização formal da FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA) para voos espaciais tripulados.

Entre outras polêmicas, também surgiram dúvidas sobre o currículo acadêmico de Laysa. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) informou que ela não concluiu o curso, ao que a jovem respondeu dizendo ter deixado a instituição no segundo semestre de 2023 para estudar com bolsa no Manhattan College, nos Estados Unidos.

Após excluir sua conta no LinkedIn, Laysa usou as redes sociais para dizer que foi mal interpretada e que o conteúdo original de sua postagem permanece público. Ela nega ter mentido e afirma confiar na legitimidade do projeto da Titans Space. “Nunca tentei enganar ninguém”, declarou.

Apesar das negativas oficiais e das lacunas na documentação, Laysa reafirma que foi selecionada para a missão e diz que mais esclarecimentos virão. Enquanto isso, cresce o debate nas redes sobre responsabilidade, verdade e os limites da autopromoção na era da influência digital.

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