Boxeador mexicano é preso nos EUA e enfrentará deportação por suspeitas de ligação com o Cartel

Julio César Chávez Jr., famoso boxeador mexicano e filho do lendário lutador Julio César Chávez, foi preso na última quarta-feira (2) em Los Angeles por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE).

A detenção ocorre poucos dias após sua luta contra o influenciador e boxeador Jake Paul, em Anaheim, Califórnia.

Segundo o Departamento de Segurança Interna (DHS) dos EUA, Chávez Jr. está sob investigação por ter ultrapassado o prazo do seu visto de turista, que expirou em fevereiro de 2024, e por ter fornecido informações fraudulentas em seu pedido de residência permanente, solicitado em abril deste ano. O pedido de residência foi feito com base em seu casamento com uma cidadã americana ligada ao Cartel de Sinaloa, uma das maiores organizações criminosas do México.

Além da situação migratória irregular, o boxeador enfrenta um mandado de prisão ativo emitido pelo governo mexicano em razão de investigações sobre envolvimento com crime organizado e tráfico de armas. Autoridades americanas afirmam que Chávez Jr. é associado ao Cartel de Sinaloa, classificado como organização terrorista estrangeira pelos EUA.

A prisão gerou repercussão pela proximidade com sua última luta, realizada em 27 de junho, na qual Chávez Jr. foi derrotado por Jake Paul. Seu advogado classificou as acusações como infundadas e afirmou que a detenção tem causado apreensão na comunidade.

Em comunicado, a vice-secretária do DHS, Tricia McLaughlin, ressaltou que “sob o presidente Trump, ninguém está acima da lei, nem mesmo atletas mundialmente famosos” e destacou que os agentes federais continuarão a agir contra membros de cartéis presentes em solo americano.

Chávez Jr., que há anos enfrenta problemas pessoais e legais, incluindo acusações anteriores de posse ilegal de armas e dependência química, permanecerá detido enquanto aguarda os procedimentos formais de deportação para o México.

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