Americano é condenado à prisão perpétua por matar, decapitar e expor vídeo do pai em ato político chocante

O americano de 33 anos, Justin D. Mohn, foi condenado nesta sexta-feira por assassinato e outras acusações relacionadas após matar seu pai, Michael F. Mohn, de 68 anos, em um crime brutal e incomum que chocou a comunidade local e atraiu atenção nacional.

O juiz Stephen A. Corr, da Bucks County, sentenciou Justin à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

O crime aconteceu em janeiro de 2024, na casa da família em Levittown, subúrbio de Filadélfia. Segundo os promotores, Justin atirou no pai com uma arma recém-comprada, em seguida decapitou Michael com uma faca de cozinha e um facão. Um vídeo de aproximadamente 14 minutos, que mostrava a cabeça do pai decepada junto a discursos de teor político e mensagens extremistas, foi publicado no YouTube e permaneceu no ar por algumas horas antes de ser removido.

Durante o julgamento, Justin alegou que tentou realizar uma prisão cidadã contra o pai por supostas traições e falsas declarações, mas que ele teria resistido, o que justificaria o disparo fatal. Ele ainda afirmou que a decapitação foi uma forma de enviar um recado aos funcionários federais, pedindo que renunciassem. A promotoria descartou essa defesa como “totalmente sem sentido”, ressaltando que o assassinato foi um ato frio, calculado e com motivação política.

Michael Mohn, engenheiro que trabalhou por 20 anos no Exército dos Estados Unidos, foi descrito por familiares e conhecidos como um homem amoroso, humilde, dedicado à família e com gostos simples como ler, tocar violão e praticar exercícios. Sua esposa, Denice Mohn, que testemunhou no tribunal, relatou que ela e o marido davam apoio financeiro e emocional a Justin, que enfrentava dificuldades para manter um emprego após se formar.

Após o assassinato, Justin foi preso ao tentar invadir o Quartel da Guarda Nacional em Fort Indiantown Gap, onde teria tentado incitar militares a se rebelarem contra o governo federal. Em sua posse, foram encontrados materiais que indicavam planos para fabricar explosivos e fotos de prédios federais.

O caso ganhou destaque não apenas pela brutalidade, mas também porque Justin foi o primeiro condenado sob a legislação antiterrorismo da Pensilvânia. Durante o julgamento, foram apresentados escritos e vídeos em que Justin defendia teorias da conspiração de extrema-direita e incitava violência contra funcionários públicos e minorias.

O promotor Jennifer Schorn declarou que o réu demonstrou “completa e absoluta falta de remorso” e classificou o crime como “inimaginável e inconcebível”. Ela afirmou que a sentença garante a segurança da comunidade.

O advogado de defesa, Steven M. Jones, afirmou que o processo foi “indubitavelmente difícil” e ressaltou que a pena de morte, inicialmente pleiteada, não foi aplicada.

Este crime é um alerta para os perigos das radicalizações e da violência motivada por discursos extremistas, deixando uma família devastada e uma comunidade atônita.

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