Autópsia confirma que brasileira Juliana Marins morreu pouco após queda em vulcão na Indonésia

A autópsia realizada no corpo da alpinista brasileira Juliana Marins, de 26 anos, revelou que a jovem morreu em decorrência de trauma contundente, que causou múltiplas fraturas, danos a órgãos internos e hemorragia.

Juliana caiu de um penhasco no Monte Rinjani, o segundo vulcão mais alto da Indonésia, durante uma trilha no último sábado (21/06).

De acordo com o laudo divulgado nesta sexta-feira (27), os ferimentos mais graves ocorreram na região torácica e nas costas, comprometendo principalmente a respiração. O médico-legista Ida Bagus Alit, responsável pela autópsia feita em Bali, informou que a morte foi rápida, ocorrendo cerca de 20 minutos após os ferimentos — embora fatores como a conservação do corpo em freezer dificultem uma estimativa precisa da hora do óbito.

O corpo apresentava escoriações, arranhões e fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa. Apesar de haver ferimentos na cabeça, não foram encontrados sinais de lesões evolutivas, como hérnia cerebral, indicando que Juliana não sobreviveu por um longo período após a queda.

Juliana, que viajava sozinha em um mochilão pela Ásia desde fevereiro, caiu em um barranco de cerca de 200 metros em direção ao lago Segara Anak, uma área de difícil acesso no Monte Rinjani. Seu corpo só foi localizado e removido quatro dias depois, em meio a duras condições climáticas e geográficas, o que gerou fortes críticas nas redes sociais contra as autoridades indonésias pela demora no resgate.

A família da jovem acusa a operação de busca de negligência grave e pretende entrar com ação judicial. “Juliana morreu não porque caiu, mas porque ficou lá por muito tempo”, dizia uma das publicações no perfil criado para cobrar justiça pelo caso.

O governo brasileiro se comprometeu a apoiar o traslado do corpo de volta ao país. O presidente Lula afirmou que acionou o Ministério das Relações Exteriores para prestar assistência à família. A Prefeitura de Niterói, cidade natal da alpinista, também se comprometeu a colaborar com o retorno do corpo para que Juliana seja sepultada no Brasil.

A tragédia reacendeu o debate sobre a segurança no Monte Rinjani, que já registrou acidentes anteriores. Alpinistas experientes e guias locais pedem melhorias na infraestrutura de trilhas e alertam sobre os riscos da escalada em terrenos extremos sem a devida preparação.

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