Morte de influenciadora brasileira após lipoaspiração na Turquia levanta suspeitas sobre conduta de clínica

A influenciadora brasileira Ana Bárbara Buhr Buldrini, de 31 anos, conhecida nas redes sociais como “Ana B”, morreu no último domingo (15) após complicações durante uma lipoaspiração realizada em uma clínica privada no distrito de Tuzla, em Istambul, na Turquia.

A causa oficial ainda está sendo investigada pelas autoridades locais, mas relatos do marido da vítima levantam dúvidas sobre a conduta médica antes da cirurgia da lipo.

Segundo o artista moçambicano Elgar Sueia, marido de Ana B, a clínica foi alertada de que a paciente havia consumido bebida alcoólica e se alimentado poucas horas antes do procedimento — o que, em contextos médicos, é geralmente considerado fator de risco. Apesar do aviso, os médicos teriam decidido antecipar a cirurgia. “Os médicos sabiam disso”, afirmou Sueia em entrevista ao canal turco Ekol TV e à imprensa moçambicana.

A clínica, que não respondeu diretamente às acusações do marido, divulgou uma nota oficial atribuindo a morte a uma arritmia cardíaca durante o período de recuperação da anestesia. De acordo com o hospital, Ana B sofreu uma fibrilação ventricular e não resistiu, mesmo após 1 hora e 30 minutos de tentativas de reanimação por parte da equipe médica.

Ana B estava em lua de mel com o marido e havia fechado uma parceria com a clínica: em troca da cirurgia gratuita, ela se comprometeria a divulgar o serviço em seu perfil no Instagram, onde somava cerca de 800 mil seguidores.

O caso acendeu novamente o alerta sobre os riscos do turismo médico na Turquia, país que se tornou um dos principais destinos para cirurgias estéticas devido ao custo mais acessível. Segundo dados do governo britânico, pelo menos 28 cidadãos do Reino Unido morreram em território turco desde 2019 após procedimentos semelhantes.

A Promotoria de Istambul já abriu investigação para apurar a conduta da clínica e determinar, por meio de autópsia, a causa exata da morte.

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