Cristina Kirchner cumprirá pena de corrupção em prisão domiciliar após decisão da Justiça argentina

A ex-presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, de 72 anos, cumprirá sua pena de seis anos por corrupção em regime de prisão domiciliar

Conforme determinação de um tribunal federal divulgada nesta terça-feira (17). A decisão ocorre após a Suprema Corte argentina confirmar a condenação, que também a torna inelegível para ocupar cargos públicos de forma vitalícia.

Cristina foi condenada por seu envolvimento em um esquema de corrupção relacionado à concessão de 51 contratos de obras públicas na Patagônia, durante seus mandatos como primeira-dama e presidente (2007–2015). Os contratos teriam beneficiado o empresário e aliado político Lázaro Báez, com sobrepreço de até 20%, resultando em prejuízos de dezenas de milhões de dólares aos cofres públicos.

A Justiça permitiu que Kirchner cumpra a pena em seu apartamento em Buenos Aires, onde vive com a filha e a neta, alegando motivos de idade e segurança, especialmente após uma tentativa de assassinato contra ela em 2022. A ex-presidente também será monitorada eletronicamente e não poderá deixar sua residência, salvo em situações excepcionais.

Cristina nega as acusações, que classifica como perseguição política. Ela alega falta de acesso a provas e irregularidades processuais. A decisão judicial rejeitou o pedido do Ministério Público para que a ex-presidente fosse presa em regime fechado, citando riscos à sua integridade física em um presídio convencional.

A confirmação da condenação provocou forte reação de seus apoiadores, que tomaram as ruas de Buenos Aires e bloquearam avenidas em protesto. A decisão judicial também impediu sua candidatura às eleições legislativas deste ano, poucos dias após ela lançar oficialmente sua campanha.

Líder do kirchnerismo — movimento populista de esquerda que dominou a política argentina nas últimas duas décadas — Cristina Kirchner continua sendo uma figura polarizadora no cenário político do país. Além da pena atual, ela ainda responde a outros processos por corrupção.

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